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Projeto Rappers: A primeira Casa do Hip Hop brasileiro – História e legado

Sinopse
Documentário apresenta o encontro entre a juventude negra e periférica praticante da cultura Hip-hop e o feminismo negro nas ruas de São Paulo durante o final dos anos 1980, o que deu origem ao Projeto Rappers. Iniciativa inovadora, trouxe voz e protagonismo a jovens vítimas do racismo e da exclusão social ao construir um espaço de formação e articulação política em defesa de seus direitos, especialmente de praticar a cultura Hip-hop nos espaços públicos e poder circular pela cidade sem ser vítima da truculência e violência perpetrada pelas polícias, além de criar o primeiro instrumento de comunicação nacional deste movimento, a revista Pode Crê!. Feministas negras fundadoras e integrantes da organização Geledés Instituto da Mulher Negra, como Sueli Carneiro, Sônia Nascimento, Solimar Carneiro, Nilza Iraci e Deise Benedito, tinham um espaço de atuação e articulação política no enfrentamento ao racismo e ao sexismo consolidado naquela conjuntura e, ao ouvir a voz da juventude negra, construíram pontes para que hip-hoppers pudessem ampliar seu acesso à informação e conhecimento, como as formações sobre raça, gênero, classe e direitos humanos com lideranças sociais e intelectuais engajados nas lutas antirracistas e antisexistas, e a amplificar suas vozes, seja no diálogo com o Estado ou organismos e espaços de articulação internacional. Este trabalho, projetado nacionalmente na revista Pode Crê!, influenciou o modelo de organização e formação política e cultural de jovens Hip-hoppers por todo o país, sendo que a casa do Projeto Rappers foi o espaço embrionário que viria a inspirar o surgimento das Casas de Hip-hop. Após 30 anos, participantes dessa iniciativa que passaram a ocupar diferentes espaços na vida política, cultural, acadêmica e de diversos tipos de instituições no país, trazem depoimentos sobre o papel do Hip-hop e do feminismo negro, bem como do encontro promissor entre esses dois segmentos, para a transformação da sociedade brasileira.

Direção
Ildslaine Silva (Mc Sharylaine) e Clodoaldo Arruda